QUANDO FALAMOS EM EDUCAÇÃO E TREINAMENTO


Estamos falando da transformação consentida da vida das pessoas. O trabalhador assume sua educação já quando adulto e luta com determinação para alterar sua realidade, completar seus estudos e sua formação profissional. Este homem ou mulher, oriundo das camadas populares do Maranhão, raramente chega em Parauapebas com segundo grau. Em 80% dos casos, chegam com 5ª,  8ª series, alguns, com apenas as quatro series iniciais da alfabetização. Na verdade, a grande maioria, são analfabetos funcionais. Aqui deparam com outra realidade. Não é tanto a falta de conhecimentos operativos, é a falta de educação básica mesmo, a titulação exigida para Carajás e região. Mas tudo é urgente, as oportunidades aparecem e este detalhe de ter o segundo grau atrapalha, e muito a vida destes heróis anônimos, que deixam tudo para trás, a procura de sobrevivência.
No Brasil não há alternativas legais à situação em tela: o profissional sabe trabalhar mas não sabe ler ou contar. O supletivo ou EJA, por ter enorme volume de conteúdo não ajuda, poucos concluem, estão cansados, é tarefa quase impossível porque perderam o tempo de escola. A saída é a ilegalidade, comprar o certificado.
Discutimos aqui, que o Estado poderia adaptar a equivalência de estudos para este período da vida do trabalhador. Não tem o conhecimento de anos de escola, incluindo a fase biológica que facilita o aprendizado e acostuma o cérebro com o processo de educação continuada, mas um conteúdo mínimo, alicerçado nas praticas diárias destes trabalhadores, com graduação equivalente ao ensino fundamental e médio.
A equivalência de ensino técnico, também poderia ser simplificada e aplicado os exames mais vezes ao ano, em datas fixas. Uma maior divulgação iria permitir que milhares de trabalhadores, mesmo nas elitistas condições atuais (Exemplo: um mecânico, com ensino médio e cinco anos de carteira assinada, faz as provas e obtém o certificado de técnico em mecânica, com direito a registro no creia).
Nosso empresa esta com tudo preparado para lançar um circulo de estudos visando a proxima prova da Secretaria de Educação do Estado do Pará. Há exatos 180 dias que fizemos a consulta e até hoje não temos resposta, portanto não pudemos iniciar sequer a divulgação. As datas para os exames no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais já estão divulgadas.
Nosso entendimento do processo de educação profissional, é do ponto de vista que é exagero, exigir 5 anos na carteira profissional, mais ensino médio completo, para que se possa beneficiar do método de certificação por equivalência de ensino. Também o nível técnico das provas, feitas por pessoas que aprenderam primeiro teoria, em diversificadas situações, torna-se impossível o profissional que aprendeu fazendo, acompanhar ou tirar proveito delas. Precisamos de um meio terno, uma nova compreensão do processo fabril e industria, que muda o tempo todo.
Somos sabedores que a estrutura de ensino no Brasil, ainda contempla uma elite de trabalhadores. A educação sempre foi um divisor de águas entre os mortais comuns e a elite. Os grandes entraves do ensino brasileiro, formal ou profissional, sempre foram sua elitização. As mudanças começam quando Fernando H. Cardoso aprova que todas as crianças, em idade escolar devem esta em sala de aula. Mecanismos sociais e econômicos são criados e se vê, apartir de então, um esforço do Estado Brasileiro em manter suas crianças na sala de aula. De qualquer jeito, com grandes e poderosos entraves, mas hoje vemos mais crianças na escola em todo o pais. Precisamos ainda chegar ao estado ideal, de manter todas crianças, em idade escolar, na sala de aula, em tempo integral. Estes  trabalhadores de hoje, perderam seu tempo, precisamos então criar mecanismos que ajudem a integrá-los mais rapidamente as novas demandas do trabalho.
Assim, os trabalhadores de Carajás e região, na sua imensa maioria apenas alfabetizados, demandam de outro ensino para obterem sua pela inserção, nos padrões exigidos pelo estado brasileiro. Demandam de uma flexibilização nos métodos educativos e certificatórios.

ESFORÇOS ELITISTAS E PARA INGLES VER

O SENAI local tem o atroz costume, de cobrar dos trabalhadores, ganhando duas vezes pelo que se propõe a fazer: ganham das empresas, de todas elas, via Sefip  e ganham dos trabalhadores, quando os mesmos vão a procura de qualificação.se aperfeiçoar para o trabalho. É absurda a situação. Como empresa de treinamento, cobramos e matricula-se quem pode. Temos custos e impostos. Mas o SENAI não tem preocupação nem com receita, nem com impostos e cobra por seus serviços à população. Na sua burocracia acaba educando para o trabalho, uma elite de jovens candidatos que nunca vão pegar o batente. Acabou virando um elefante branco no centro de Parauapebas.
Então o trabalhador que precisa de uma escola na sua medida nos procura. Nossos cursos recebem alunos de todo o norte/nordeste. Do Pernambuco a Rondonia. Empresas, pessoas, entidades deslocam até Parauapebas para serem atendidos por nós. Agora, no ensino a distancia estamos atendendo localmente. Nossos cursos focam a pratica e o tempo. São alunos que precisam mais de uma informação profissional do que sala de aula. Assim, após um ensino básico na profissão, são encaminhados para a pratica e depois, certificados. O tempo de pratica é, em média três vezes maior que o tempo teórico. E uma aluno de cada vez, religiosamente. Vejam as aulas:










































































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