Centro de Treinamento Paraolímpico
Com
atenção especial ao projeto de acessibilidade, Centro de Treinamento
Paraolímpico Brasileiro é inaugurado em São Paulo
Obra foi executada pela
construtora OAS, que optou pelo uso de estrutura metálica e concreto moldado in
loco
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
23/Maio/2016
O Governo de São Paulo inaugurou nesta
segunda-feira (9) o Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, no
Jabaquara, região Sul de São Paulo. O espaço tem 95 mil m² de área construída
para abrigar 15 modalidades esportivas: atletismo, basquete em cadeira de
rodas, bocha, natação, esgrima, futebol de 5, futebol de 7, goalball,
halterofilismo, judô, rúgbi, tênis, tênis de mesa, voleibol sentado e triatlo.
A2img /
Eduardo Saraiva
O projeto do centro foi realizado
pelo escritório L+M Gets e divide-se em dois blocos permeados por áreas verdes.
O primeiro será destinado ao treinamento dos atletas, com oito quadras
poliesportivas, arenas multiuso, pistas de atletismo, piscinas olímpica e
semiolímpica, vestiários, sanitários e salas de diversas utilidades.
O segundo bloco, por sua vez, é
formado pelo Centro Residencial com capacidade para 240 pessoas. Ele inclui
dormitórios, refeitórios, salas de estar, TV e reuniões, lavanderias, área
administrativa e de apoio. Há, ainda, dois andares de estacionamento com 300
vagas e uma praça de eventos.
Para garantir a fluidez e
acessibilidade na construção, foi elaborado um edifício central em formato
cilíndrico. Ele, além de servir como recepção, interliga os níveis por rampas
em espiral e por elevadores panorâmicos.
Iniciada em dezembro de 2013, a
obra foi executada pela construtora OAS, que optou pelo uso de estrutura
metálica e concreto moldado in loco. No Centro Paralímpico, garantir
acessibilidade a todos demandou que o projeto extrapolasse as exigências da
legislação e das normas técnicas. A ABNT NBR 9.050: Acessibilidade a
Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos estabelece medidas para
corredores e portas usadas por cadeirantes, por exemplo, mas não trata de
acessibilidade para atletas, que possuem uma performance diferente no espaço.
"A cadeira de rodas de um para-atleta de basquete tem medidas e
funcionamento muito diferentes de um modelo comum. Além disso, os espaços
deveriam garantir livre tráfego a pessoas com variadas características físicas
e motoras", conta a arquiteta Silvana Tersi, gerente de contrato do L+M
Gets.
O espaço é considerado pelo
governo o "principal legado de estrutura dos jogos 'Rio 2016' para o
esporte paraolímpico". Ele é considerado o principal voltado a atletas
paradesporto tipo no Brasil e na América Latina, e um dos melhores do mundo.
"Aqui será o centro de
treinamento, capacitação, ciência do esporte, com hotel, restaurante, centro
aquático e quadras. E também a aclimatação da seleção brasileira para a
paralimpíada. Será ainda um centro diuturno para formação e treinamento de
atleta. Em novembro já temos, por exemplo, as Olimpíada Escolares",
explicou Alckmin.
O investimento nas obras foi
superior a R$ 281 milhões, sendo R$ 167 milhões provindos do Governo Federal e
R$ 114 milhões do Governo de São Paulo.
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