Reação setorial?
Para
SindusCon-SP, empresariado da construção está menos pessimistas
Sondagem mostra que item de crescimento econômico
apresentou uma variação de 103,7% no trimestre
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
21/Junho/2016
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A sondagem feita pelo Sindicato
da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) apontou
ânimo entre o empresariado do setor, mesmo com a atividade ainda em declínio. O
principal fator para a mudança na expectativa foi de mudanças no governo. Ele
chegou a 45,75 pontos, o que representa um crescimento de 331,2% em relação ao
último trimestre.
A escala da sondagem vai de 0 a
100, sendo 50 o centro. Um desempenho abaixo de 50 é considerado não favorável.
A exceção o item dificuldades financeiras, em que abaixo de 50 significam
dificuldades menores.
Para o presidente do
SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, o pessimismo diminuiu em relação à evolução
futura dos fundamentos econômicos. "O que precisa ser feito agora e com
urgência é a adoção de medidas que façam as construtoras saírem da recessão,
tais como novas PPPs e concessões, estímulo ao crédito imobiliário e
destravamento do Programa Minha Casa, Minha Vida", afirma.
O item Crescimento Econômico
variou 103,7% no trimestre, e chegou a 23,42 pontos. Os empresários
mostraram-se mais confiantes com uma evolução favorável nos próximos meses.
Quanto às Perspectivas de Desempenho, foram registrados 33,32 pontos, uma alta
de 6,7% no trimestre em relação ao anterior. O valor, contudo, ainda representa
uma queda de 7,3% no acumulado do ano.
As Perspectivas de Evolução dos
Custos aumentaram 9,3% no trimestre (com 51,98 pontos). O acumulado do ano é de
7,9%. Inflação Reduzida variou 77,4% no trimestre (21,13 pontos).
O item Dificuldades Financeiras
caiu 2,2% no trimestre, e apresentou 68,66 pontos. Esse é o único item cujos
valores abaixo de 50 representam dificuldades menores.
O Desempenho da Empresa ainda mostra
pessimismo, com queda de 9,7% no trimestre, chegando a atingir 25,03 pontos,
novo piso da pesquisa iniciada em agosto de 1999. Desde 2013, o indicador caiu
50%, ou seja, quase metade do que foi registrado há três anos pela pesquisa.
Quanto aos postos de trabalho no
setor, a queda foi de 14,1% no primeiro quadrimestre de 2016, em relação ao ano
passado. A expectativa é de que eles continuem em queda.
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