Um gigante que cresce e enfrenta tudo: São Paulo
Em meio à
crise econômica, três obras na Avenida Paulista, em São Paulo, estão
movimentando R$ 300 milhões
Saiba quais são e que lições podem
dar para a continuidade dos trabalhos mesmo diante da recessão econômica
Por Dagomir Marquezi
Edição 187 - Fevereiro/2017
"Com a atual crise, houve uma queda de arrecadação
de aproximadamente 5%. E essa queda está afetando nosso orçamento. Então, nós
temos de renegociar fornecedores, gastar menos energia elétrica e continuar
reduzindo despesas. Parte do orçamento está reservada para investir em nossa
expansão."
Luiz Galina, diretor interino do Sesc
Luiz Galina, diretor interino do Sesc
São obras que não dependem do humor do mercado, estão no pipeline dos
"donos" há muito tempo, nem dependem de complexas operações de
investimento, mas guardam lições em comum. Em vez de adiá-las, seus
incorporadores buscaram maneiras de reduzir custos de obras e operacionais dos
edifícios. Apostando na eficiência energética ou explorando tecnologias de
retrofit, hoje acessíveis a qualquer empreendimento, deixarão a marca de três
grandes escritórios de arquitetura. Apesar das limitações, eles não pouparam criatividade
na combinação de sistemas construtivos e na assertividade do principal
requisito - o orçamento curto. O papel dos fornecedores também foi fundamental.
As negociações mostram que em tempos de crise as soluções podem estar bem ali
onde sempre estiveram.
Com quase
70 metros de altura, o edifício do Sesc Paulista recebeu investimento de R$
100 milhões. O edifício remodelado terá todas as esquadrias substituídas por
uma grande lâmina de vidro
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Sesc Paulista
O Sesc (Serviço
Social do Comércio) funciona desde 1946 e sempre esteve ligado à divulgação
cultural e ao incentivo aos esportes. No estado de São Paulo, tem uma rede de
40 unidades, cada uma com identidade arquitetônica própria. Mesmo com a grave
crise econômica brasileira, o Sesc tem quatro unidades sendo aprontadas para
entrega entre 2017 e 2018 no estado, como 24 de Maio, Birigui e Guarulhos. Os
planos de expansão incluem novas unidades em São Paulo: Limeira e Marília, e
nos bairros paulistanos de Pirituba e São Miguel, fora as reformas de
instalações em Bertioga, Registro, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Taubaté
e Santos.
O edifício no
número 119 da Paulista era usado pela administração central do complexo Sesc.
Em 2010 foi fechado e está sendo totalmente reformado para se tornar uma das
unidades abertas ao público. Sua área construída é de 12.150 metros quadrados
na esquina da Rua Leoncio de Carvalho, logo no primeiro quarteirão da avenida.
À sua frente está o Hospital Santa Catarina e outro dos novos projetos da
Paulista - a Japan House.
A nova estrutura
Essa unidade vai
ter 15 andares com oficinas culturais, espaços de exposição, equipamentos e
instalações esportivas (sem piscina), clínica odontológica e outras atrações.
No último andar será instalado um restaurante com vista panorâmica para a avenida.
Um dos aspectos mais ousados do projeto é o desenvolvimento de um boulevard na
Rua Leôncio de Carvalho. A ideia é criar um corredor entre o Sesc e o Itaú
Cultural, do outro lado da rua, exclusivo para pedestres. A administração desse
espaço seria dividido entre as duas entidades. As negociações para isso estão
adiantadas, até mesmo com a prefeitura da cidade.
O projeto do Sesc
Paulista é assinado por Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados. O
investimento é calculado em 100 milhões de reais. O projeto inclui a
substituição de todas as esquadrias e a montagem de uma grande lâmina de vidro
com efeito de tela plana. As atividades desenvolvidas no interior do edifício
poderão ser acompanhadas de forma discreta por quem estiver na rua. Seu aspecto
platinado e futurista vai projetar uma Paulista do futuro.
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Investimento na crise
Como financiar um
empreendimento desses numa época de crise? O diretor interino do Sesc, Luiz
Galina, responde em entrevista à Construção Mercado com um raciocínio simples e
que poderia servir de lição para o Estado brasileiro. "A crise nos afeta,
não somos uma ilha. A receita principal vem das empresas contribuintes do Sesc.
Nós vivemos do que arrecadamos. Com a atual crise, houve uma queda de arrecadação
de aproximadamente 5%. E essa queda está afetando nosso orçamento. Então nós
temos de renegociar fornecedores, gastar menos energia elétrica sem perder a
qualidade, e continuar reduzindo despesas. Parte do orçamento está reservada
para investir em nossa expansão. O fato é que não podemos, por princípio, tomar
qualquer forma de empréstimo. Quando iniciamos uma obra, uma parte de nossa
receita é reservada para isso e deve durar até sua conclusão. Se houver queda
de arrecadação, como agora, temos uma reserva. Essa impossibilidade de tomar
empréstimos é uma garantia de evitar aventuras."
O novo Sesc
Paulista deve ter suas obras encerradas no fim de 2017, mas não existe ainda
uma data prevista para a inauguração. "Os investimentos na reforma do
prédio estão estimados em R$ 100 milhões, e isso inclui a obra inteira. Afinal,
era um prédio de escritórios que está sendo transformado num edifício de uso
público com muitas atividades diferentes", declarou Luiz Galina. Para a
adaptação do novo prédio, o número de trabalhadores chega a 200.
Ficha
técnica
Nome da obra: Sesc Avenida Paulista
Localidade: Avenida Paulista, 119
Área do terreno: 1.195,50 m²
Área construída: 12.091,32 m²
Nome da obra: Sesc Avenida Paulista
Localidade: Avenida Paulista, 119
Área do terreno: 1.195,50 m²
Área construída: 12.091,32 m²
Incorporação
e construção: de
2011 a 2016: Mendes Junior Trading e EngenhariaS/A; de 2016 a 2017: Omar
Maksoud Engenharia Civil Ltda.
Arquitetura: Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados S/C Ltda.
Altura do edifício: 69,18 m
Número de unidades: 2 subsolos, térreo, pilotis, 15 pavimentos, 2 áticos e cobertura
Projetista estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten Engenheiros Associados S/S Ltda.
Projeto de fundações: MAG Projesolos Engenheiros Associados Ltda.
Fundações: Fundsolo Serviços Geotécnicos
Consultoria para dosagem de concreto: Concremat Inspeções e Laboratórios
Ensaios de concreto: Concremat Inspeções e Laboratórios
Formas e escoramento: SH Formas Andaimes Escoramentos Volume de Concreto: 650,00 m³ Volume de Aço: 32,24 t
Quantidade, diâmetro e comprimento de estacas: 19 estacas do tipo raiz, com diâmetro de 25 cm e comprimento total de 316 m.
Projeto preventivo, hidrossanitário e elétrico: PHE Engenharia de Projetos Hidráulicos e Elétricos Ltda.
Projeto de esquadrias: Nelson Firmino da Silva Consultoria e Esquadria-ME
Projeto de climatização: Thermoplan Engenharia Térmica Ltda.
Elevadores: Elevadores Otis
Aço: ArcelorMittal Brasil
Arquitetura: Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados S/C Ltda.
Altura do edifício: 69,18 m
Número de unidades: 2 subsolos, térreo, pilotis, 15 pavimentos, 2 áticos e cobertura
Projetista estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten Engenheiros Associados S/S Ltda.
Projeto de fundações: MAG Projesolos Engenheiros Associados Ltda.
Fundações: Fundsolo Serviços Geotécnicos
Consultoria para dosagem de concreto: Concremat Inspeções e Laboratórios
Ensaios de concreto: Concremat Inspeções e Laboratórios
Formas e escoramento: SH Formas Andaimes Escoramentos Volume de Concreto: 650,00 m³ Volume de Aço: 32,24 t
Quantidade, diâmetro e comprimento de estacas: 19 estacas do tipo raiz, com diâmetro de 25 cm e comprimento total de 316 m.
Projeto preventivo, hidrossanitário e elétrico: PHE Engenharia de Projetos Hidráulicos e Elétricos Ltda.
Projeto de esquadrias: Nelson Firmino da Silva Consultoria e Esquadria-ME
Projeto de climatização: Thermoplan Engenharia Térmica Ltda.
Elevadores: Elevadores Otis
Aço: ArcelorMittal Brasil
Financiada
pelo governo japonês, a obra tem como principais fornecedores marcas de rigem nipônica
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Japan House
Todos sabem que a maior população
de origem japonesa fora do Japão está no
Brasil - e especialmente em São Paulo. Em breve, além do bairro da Liberdade,
vai existir outro ponto de referência nipônica na capital paulista: a Japan
House. A iniciativa é do governo japonês, que também está construindo somente
mais duas Japan Houses no mundo: em Londres e Los Angeles. A inauguração está
prevista para o primeiro semestre de 2017.Todos sabem que a maior população
A House vai juntar
a tecnologia com a tradição de acordo com o projeto desenvolvido pelo arquiteto
japonês Kengo Kuma, que trabalha em parceria com o escritório FGMF. O
diretor-geral de todas as casas é o designer Kenya Hara, que vai trabalhar com
o curador Marcello Dantas.
A imagem de alta
tecnologia projetada pelo Japão estará presente na casa, mas ela pretende ser
um oásis na agitação da Paulista. O bambu e a madeira são elementos muito
presentes na construção. Leves portas deslizantes vão servir para modular o
tamanho de cada espaço.
A ideia é que
atraia tanto aquele que acompanha suas atividades como o pedestre casual que
quer dar uma pausa na correria cotidiana. A Japan House vai ter como atrações
um restaurante-cafeteria típico do país, loja de artesanato e instalações para
eventos, negócios e seminários. Personalidades japonesas terão ali um ponto
para workshops, palestras e cursos. São 2.500 metros quadrados de espaço útil
em três andares, incluindo uma biblioteca relacionada com a cultura japonesa.
Um dos elementos da
construção acabou levantando um aspecto curioso e simbólico dessa ligação entre
os dois países. Quando a Avenida Paulista foi inaugurada, há 125 anos,
japoneses plantaram aqui uma floresta de hinokis, um gênero de pinheiro nativo
do Japão. Cento e vinte e cinco anos depois, uma parte desses hinokis está sendo
usada (por meio de manejo sustentável) na construção da Japan House. A madeira
possui, portanto, a mesma idade da avenida onde será instalada. Artesãos
japoneses vieram para São Paulo para coordenar o processo próprio de encaixe
dessa madeira na fachada do empreendimento, seguindo proposta do arquiteto
Kengo Kuma.
A inauguração da Japan House de São Paulo está
prevista para o primeiro semestre deste ano
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Ministério dos
Negócios
Estrangeiros do governo japonês não informam detalhes do investimento na construção, mas o plano é que alcance um total de 30 milhões de dólares até março de 2019. O financiador principal é o governo japonês, mas empresas privadas poderão entrar com o apoio a eventos e programas. A empresa Dentsu (de comunicação de publicidade) ganhou por licitação a concessão para administrar o empreendimento no Brasil. A Dentsu vai atuar em parceria com a Suriana, uma consultoria de desenvolvimento de negócios internacionais.
Estrangeiros do governo japonês não informam detalhes do investimento na construção, mas o plano é que alcance um total de 30 milhões de dólares até março de 2019. O financiador principal é o governo japonês, mas empresas privadas poderão entrar com o apoio a eventos e programas. A empresa Dentsu (de comunicação de publicidade) ganhou por licitação a concessão para administrar o empreendimento no Brasil. A Dentsu vai atuar em parceria com a Suriana, uma consultoria de desenvolvimento de negócios internacionais.
Mas por que
investir no Brasil numa época tão difícil? "Se o país está em crise ou
vivendo um momento de bonança, isso é irrelevante para a criação de um centro
que tem por objetivo mostrar o Japão contemporâneo", afirma Takahiro
Nakamae, cônsul-geral do Japão em São Paulo. "O que importa é que São
Paulo é o epicentro cultural e econômico de toda a América do Sul. É um lugar
ótimo. É o melhor ponto para a difusão não só da cultura japonesa, mas também
das realidades social, tecnológica, comercial do Japão. O potencial de São
Paulo para a difusão de informações para todo o país é o mais importante. Isso
quer dizer que temos aqui um patrimônio cultural histórico muito rico, herdado
e difundido pela comunidade japonesa. Ou seja, há em São Paulo uma base de
tradição muito forte para a instalação de um espaço do Japão contemporâneo.
Sabemos que, com o tempo, as dificuldades de agora vão passar. Nosso
investimento tem visão de longo prazo."
A
inauguração da Japan House de São Paulo está prevista para o primeiro
semestre deste ano
Ficha
técnica
Nome da obra: Japan House São Paulo
Localidade: Av. Paulista, 52
Área do terreno: 1.863,36 m²
Área construída (reformada): 2.496 m² (térreo: 813 m², 1º: 356 m², 2º: 1.104m², 3º: 223 m²)
Nome da obra: Japan House São Paulo
Localidade: Av. Paulista, 52
Área do terreno: 1.863,36 m²
Área construída (reformada): 2.496 m² (térreo: 813 m², 1º: 356 m², 2º: 1.104m², 3º: 223 m²)
Arquitetura: Kengo
Kuma and Associates + FGMF
Construção: Construtora Toda do Brasil
Montagem de madeira: Construtora Nakashima
Projetista estrutural de concreto: Benedictis Engenharia
Projetista estrutural de metálica: Confer Projetista estrutural de madeira: Ejiri Structural
Engineers Projeto de Instalação elétrica: Mina Montagens
Projeto de Instalação hidráulica: Mina Montagens
Projeto de Instalação de ar-condicionado: Mina Montagens
Projeto de Iluminação: Castilha Iluminação
Projeto de paisagismo: Alex Hanazaki
Monitoramento de Andaimes e Escoramentos: Layher Comércio de Sistemas de Andaimes
Concreto: Neorex
Vidros: Seixas Vidros
Esquadrias de alumínio: Alumicenter
Esquadrias de madeira: Rigofer Serralheria
Elevadores: Mitsubishi Electric
Louças e metais: Toto
Divisória móvel: Dimoplac
Divisória sanitária: Neocon
Equipamento de som: Towa do Brasil
Ar-condicionado: Mitsubishi Electric
Construção: Construtora Toda do Brasil
Montagem de madeira: Construtora Nakashima
Projetista estrutural de concreto: Benedictis Engenharia
Projetista estrutural de metálica: Confer Projetista estrutural de madeira: Ejiri Structural
Engineers Projeto de Instalação elétrica: Mina Montagens
Projeto de Instalação hidráulica: Mina Montagens
Projeto de Instalação de ar-condicionado: Mina Montagens
Projeto de Iluminação: Castilha Iluminação
Projeto de paisagismo: Alex Hanazaki
Monitoramento de Andaimes e Escoramentos: Layher Comércio de Sistemas de Andaimes
Concreto: Neorex
Vidros: Seixas Vidros
Esquadrias de alumínio: Alumicenter
Esquadrias de madeira: Rigofer Serralheria
Elevadores: Mitsubishi Electric
Louças e metais: Toto
Divisória móvel: Dimoplac
Divisória sanitária: Neocon
Equipamento de som: Towa do Brasil
Ar-condicionado: Mitsubishi Electric
Instituto Moreira
Salles
A nova sede do Instituto Moreira Salles (IMS) foi planejada "de dentro
para fora". De acordo com o escritório Andrade Morettin Arquitetos, autor
do projeto, "imaginamos um museu acessível, ancorado no presente, que
tenha uma relação franca e direta com a cidade e que, ao mesmo tempo, ofereça
um ambiente interno tranquilo e acolhedor; um museu capaz de equilibrar a
vibração das calçadas com a natureza e a escala dos espaços museológicos, que
exigem uma qualidade de luz e uma percepção do tempo muito particulares; um
museu, enfim, de caráter marcante, que proporcione uma experiência única e
pessoal para quem o visita".
A equação é
aparentemente simples: combinar a intenção do espaço interno, o ambiente
relaxado de um museu, com seu ambiente externo, a frenética Paulista. "O
cruzamento com a Rua da Consolação se traduz em grande movimento de veículos e
de pessoas, em razão da proximidade das diversas estações de metrô e do
corredor de ônibus", definiu os arquitetos do Andrade Morettin. "A
calçada, nesse ponto, é mais estreita, por causa da presença do túnel em
frente. Estamos bem no final da avenida, de onde se pode avistar o Vale do
Pacaembu e para a derivação do espigão da Avenida Doutor Arnaldo, à esquerda. O
Conjunto Nacional está a duas quadras dali; o Masp, um pouco mais à frente. O
lote, com 20 x 50 metros, é plano e cercado por edifícios de 13 a 18 andares
por todos os lados: uma lacuna na sequência de volumes perfilados ao longo da
avenida."
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Expansão na cidade
"Desde 1996 o IMS estava presente na cidade com uma pequena, mas relevante, galeria na Rua Piauí, no bairro de Higienópolis", declarou Flavio Pinheiro, superintendente executivo do IMS, a Construção Mercado. "São Paulo merecia mais. Não só por ser a maior e mais importante cidade do país, mas também por ser a de maior efervescência cultural. Aqui o IMS oferecerá algumas coisas que já oferecia a seus visitantes do centro cultural do Rio de Janeiro: cinema, cursos, eventos musicais. Mas em São Paulo teremos uma biblioteca especializada, que será um centro de referência em fotografia, que nascerá com cerca de 10.000 livros brasileiros e estrangeiros. É enorme a expectativa de abrir um centro cultural numa área servida por duas linhas de metrô, por onde circulam diariamente mais de 1 milhão de pessoas e que se consolida como um forte corredor cultural da cidade", conta Pinheiro.
"Desde 1996 o IMS estava presente na cidade com uma pequena, mas relevante, galeria na Rua Piauí, no bairro de Higienópolis", declarou Flavio Pinheiro, superintendente executivo do IMS, a Construção Mercado. "São Paulo merecia mais. Não só por ser a maior e mais importante cidade do país, mas também por ser a de maior efervescência cultural. Aqui o IMS oferecerá algumas coisas que já oferecia a seus visitantes do centro cultural do Rio de Janeiro: cinema, cursos, eventos musicais. Mas em São Paulo teremos uma biblioteca especializada, que será um centro de referência em fotografia, que nascerá com cerca de 10.000 livros brasileiros e estrangeiros. É enorme a expectativa de abrir um centro cultural numa área servida por duas linhas de metrô, por onde circulam diariamente mais de 1 milhão de pessoas e que se consolida como um forte corredor cultural da cidade", conta Pinheiro.
O investimento de
R$ 80 milhões de reais foi realizado exclusivamente pela família Moreira
Salles. "Com a decisão de construir um centro cultural na Avenida
Paulista, a família destinou recursos ao IMS para que ele pudesse arcar com as
obras", disse Flavio Pinheiro. "Além disso, vitaminou a dotação
existente para que ela pudesse suportar os novos custos de animação do IMS
Paulista. Como os recursos existiam e foram reservados para isso, a crise não
teve repercussão na decisão. Mas com certeza afetou os custos da obra."
A gleba
A princípio o IMS pensou num lote que permitisse a construção de um museu horizontal, mas o terreno foi arrematado em 2003 num leilão, e o escritório Andrade Morettin criou um projeto de museu vertical que agradou ao instituto. No momento trabalham nele 150 pessoas.
A princípio o IMS pensou num lote que permitisse a construção de um museu horizontal, mas o terreno foi arrematado em 2003 num leilão, e o escritório Andrade Morettin criou um projeto de museu vertical que agradou ao instituto. No momento trabalham nele 150 pessoas.
O edifício terá
sete pavimentos de pé-direito duplo para exposições com 1.200 metros quadrados
e inclui um cineteatro, uma biblioteca, salas de aula para cursos, loja, um
café e um restaurante. O projeto é todo sustentável e usa elevadores e escadas
rolantes que reutilizam a própria energia, com economia de até 75%. O edifício
terá aquecimento solar para toda a água usada em cozinha e banheiros.
A previsão de
entrega da obra é 31 de maio de 2017. O IMS Paulista deve ser inaugurado no dia
25 de julho. "O IMS está fazendo jus a São Paulo", declarou Flavio
Pinheiro.
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Ficha
técnica
Nome da obra: IMS Paulista
Localidade: São Paulo
Área do terreno: 1.000 m²
Área construída: 7.100 m²
Nome da obra: IMS Paulista
Localidade: São Paulo
Área do terreno: 1.000 m²
Área construída: 7.100 m²
Incorporação
e construção: IMS
Arquitetura: Andrade Morettin Altura do edifício: 45 m
Tipologia: edificio cultural/museu Túnel de vento: Laboratório de Aerodinâmica das Construções
Análise dinâmica: GOP
Projetista estrutural: Engenheiro Yopanan Rebello - Ycon
Projeto de fundações: Moretti Engenharia
Fundações: Anson
Consultoria para Dosagem de Concreto: Celso Sbrighi
Formas e escoramento: Peri Brasil Projeto preventivo, hidrossanitário e elétrico: LAZ
Projeto de esquadrias: Front/Jetacorp
Projeto de climatização: Greenwatt
Elevadores: Otis
Aço: Gerdau
Consultoria de sistemas especiais: engenheiro Alexandre Martins
Construtora: Alle Engenharia
Gerenciamento geral do empreendimento: engenheiro Jose Luiz Canal
Arquitetura: Andrade Morettin Altura do edifício: 45 m
Tipologia: edificio cultural/museu Túnel de vento: Laboratório de Aerodinâmica das Construções
Análise dinâmica: GOP
Projetista estrutural: Engenheiro Yopanan Rebello - Ycon
Projeto de fundações: Moretti Engenharia
Fundações: Anson
Consultoria para Dosagem de Concreto: Celso Sbrighi
Formas e escoramento: Peri Brasil Projeto preventivo, hidrossanitário e elétrico: LAZ
Projeto de esquadrias: Front/Jetacorp
Projeto de climatização: Greenwatt
Elevadores: Otis
Aço: Gerdau
Consultoria de sistemas especiais: engenheiro Alexandre Martins
Construtora: Alle Engenharia
Gerenciamento geral do empreendimento: engenheiro Jose Luiz Canal
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