A luta pela saúde continua


Prefeito de São Paulo assina Declaração de Paris para o enfrentamento do HIV/AIDS na capital paulista

Cidade firma o compromisso de acelerar os esforços locais para alcançar o fim da epidemia de HIV/AIDS até 2030. A meta de 90% de pessoas com carga viral indectátvel já foi ultrapassada

18:59 05/07/2018

De Secretaria Especial de Comunicação







O prefeito Bruno Covas assinou, nesta quinta-feira (5), a Declaração de Paris, comprometendo-se com a estratégia de Aceleração da Resposta ao HIV proposta pelo UNAIDS, programa das Nações Unidas criado em 1996, que tem a função de criar soluções e ajudar nações no combate à AIDS.

“Assinar a Declaração de Paris é muito importante para nossa cidade, que conta com unidades especializadas, além de centros de testagem e aconselhamento nessa área da saúde”, disse o prefeito Bruno Covas.

Os prefeitos que firmam este documento têm como compromisso acabar com a epidemia de HIV/Aids nas cidades até 2030, além de atingir as metas 90-90-90 até 2020: ter 90% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; destas, 90% em tratamento; e que 90% deste grupo esteja com carga viral indetectável.

São Paulo diagnosticou 76,5% das cerca de 99 mil pessoas estimadas vivendo com HIV. Desse total de 76 mil casos detectados, 65% está em tratamento (cerca de 49.400 pessoas). A cidade não só atingiu como ultrapassou a última meta dos 90%, chegando a 93% desta população (o que representa aproximadamente 46 mil pessoas) com carga viral indetectável.

“Esta cidade trabalha de forma muito próxima para a população LGBTI. São Paulo luta para que essas pessoas tenham voz. Um exemplo para o país e para o mundo”, declarou Georgiana Braga Orillard, diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS Brasil).

Para alcançar esses números, o programa de DST/AIDS da capital paulista tem desenvolvido estratégias de prevenções. Entre elas, destacam-se:

- Educação entre pares por meio de projetos voltados para gays e outros HSH (homens que fazem sexo com homens), população trans, jovens, mulheres e profissionais do sexo;

- Atividades de prevenção em espaços de convivência e sociabilidade desses segmentos sociais, além de distribuir preservativos, gel lubrificante fornecer orientações de prevenção;

- Criação de parceria com aplicativos de relacionamento gay e HSH para o compartilhamento de mensagens e ações de prevenção;

- Criação de parceria com festas e estabelecimentos de entretenimento adulto, prioritariamente frequentados por gays  e HSHs, para o compartilhamento de mensagens e ações de prevenção;

- Desenvolvimento de estratégias de comunicação nas redes sociais para atingir principalmente a população mais jovem, além dos HSH;

- Aplicativo Tánamão , do programa municipal DST/AIDS - Calculadora de risco e que facilita o acesso aos serviços de saúde por meio da geolocalização;

- Realização de ações de prevenção extra muros (dispensão de insumos e oferta de testagem rápida) em locais de convivência e festas maiores;

- Agentes  de prevenção e unidades móveis que vão até as populações de maior  vulnerabilidade para infecção;

- Disponibilização de camisinhas masculinas em larga escala em locais de grande circulação como nos terminais de onibus ;

- Campanha Fique Sabendo – realização de testagem de HIV, sífilis, hepatite em unidades móveis em diferentes regiões da cidade;

- Campanhas de agenda nacional/municipal como carnaval, parada LGBTI, entre outras;

- Profilaxia pós-exposição – em 50 unidades de saúde da prefeitura;

- Profilaxia pré-exposição – em cinco serviços da rede especializada, com  534 pessoas em uso desta estratégia, que foi implantada em fevereiro de 2018;

Cidades brasileiras que já assumiram o mesmo compromisso

A Declaração de Paris foi lançada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) em dezembro de 2014 na capital francesa. Seu objetivo é mobilizar esforços locais para o fim da epidemia da doença nos próximos 12 anos.

Em junho de 2017, durante o encontro da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) em Campinas, assinaram a Declaração de Paris, os prefeitos das cidades de Aracaju (SE), Campinas (SP), Fortaleza (CE), Palmas (TO), Santana de Parnaíba (SP), Jaguariúna (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES).


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