Reação do mercado imobiliário
Comercialização
de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo sobe 28,9% em janeiro, diz
Secovi-SP
Em relação a dezembro do ano
passado, porém, queda foi de 66,8%
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
28/Março/2016
Pesquisa revelada nesta
segunda-feira (28) pelo Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo
(Secovi-SP) indicou a comercialização de 950 unidades residenciais novas na
cidade de São Paulo em janeiro. O valor representa um aumento de 28,9% em
relação ao mesmo mês de 2015, mas, se comparado a dezembro (com 2.865
unidades), registra uma queda de 66,8%.
A Empresa Brasileira de Estudos
de Patrimônio (Embraesp) afirma, ainda, que foram lançadas 956 unidades
residenciais na cidade de São Paulo, em janeiro. O volume é 67,4% inferior ao
de dezembro (de 2.935 unidades) e 75,1% superior ao do mesmo mês do ano
anterior.
No ano de 2015, o mercado
imobiliário passou por um ajuste de mercado, com redução de 37% dos
lançamentos, significando 12,5 mil unidades a menos em relação a 2014. "É
certo que a recuperação do setor vai depender muito dos rumos do país e da
melhoria conjuntural, com aumento da confiança do consumidor e redução do
estoque. Caso contrário, o mercado vai continuar a apresentar resultados aquém
do esperado", afirma o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.
No mês pesquisado, as vendas
predominantes foram os imóveis com dois dormitórios. Ao todo foram 563 vendas,
526 lançamentos, oferta final de 10.154 unidades e VSO de 5,3%.
Quanto à área útil, predominaram
imóveis com média entre 45 m² e 65 m² entre lançamentos (500 unidades) e vendas
(481 unidades). O índice VSO ficou em 4,6% para esse tipo de imóvel.
Os imóveis com melhor desempenho
comercial foram aqueles na faixa de preço de até R$ 225 mil (VSO de 10,4%), que
estabeleceu pouca oferta, mas bom escoamento. Aqueles com faixa de preço entre
R$ 225 mil e R$ 500 mil representaram 51% das unidades comercializadas no
período, e tal tipo de imóvel correspondeu a 60% dos lançamentos do mês.
Dentre as regiões paulistanas, a
zona Norte foi aquela com os melhores resultados: VSO de 5,8% e 550 unidades
lançadas. Em questão de vendas, o destaque foi para a zona Leste, com 247
unidades comercializadas (26% do total).
Ao tratar-se do acumulado de 12
meses, ainda prevalece a zona Leste como a região com maior quantidade de
vendas (6.937 unidades) e lançamentos (7.061).
Em relação às demais cidades da
Região Metropolitana de São Paulo, a quantidade de unidades vendidas no mês
alcançou 796, número que representa queda de 51,6% sobre o mês de dezembro.
Quando comparado ao janeiro do ano passado, entretanto, o dado corresponde a um
crescimento de 34,5%.
Emilio Kallas, vice-presidente de
Incorporação Imobiliária e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, analisou os
resultados da pesquisa. "A queda do VGV está relacionada às dificuldades
ocasionadas pela crise político-econômica, que atrapalha o ambiente de negócios
e faz com que as empresas, para fazer caixa, ofereçam imóveis com condições
mais atrativas e até com desconto no preço", explica. Apesar do melhor
desempenho das vendas, em termos monetários (Valor Global de Venda - VGV),
houve redução de 5,4%, de R$ 411,6 milhões para R$ 389,5 milhões.
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